Por Wesley Alencar
Hernán Crespo foi demitido do São Paulo há quase um mês, mas nem a torcida e nem o clube esqueceram do treinador argentino e a saída de Crespo ainda gera muito burburinho nos corredores do Morumbi. Dessa vez, quem falou sobre a estranha saída do argentino do cargo no Tricolor foi o preparador de goleiro Gustavo Nepote, membro da comissão de Crespo no São Paulo.
Em entrevista ao canal Veo Notícias, o ex-preparador de goleiros do São Paulo revelou que o clima entre Crespo e a diretoria são-paulina não era dos melhores desde semanas antes ao rompimento do contrato, que rendeu o pagamento da multa de R$ 4 milhões ao treinador pela rescisão, diferentemente do comum acordo que foi divulgado pelo Tricolor no comunicado que oficializou a saída.
“Foi uma linda experiência, um grande aprendizado sobretudo. Sabíamos que estávamos em uma semana complicada antes da partida contra o Cuiabá. Não vínhamos ganhando, nem tampouco perdendo, mas enfim, a relação da comissão técnica com a diretoria não vinha sendo muito boa. E, bom, decidiram nos demitir”, revelou Gustavo Nepote.
O membro da comissão técnica ainda falou sobre a conquista do Paulistão, que tirou o time de uma fila de 16 anos sem títulos no estadual e de oito sem qualquer conquista nos campeonatos disputados. “Fizemos tudo que poderíamos e que estava ao nosso alcance para que o São Paulo ficasse pelo menos com um Paulistão. Quando chegamos, sabíamos que era um campeonato importante, já que o São Paulo não conquistava há 15 anos”, comentou.
Nepote ainda citou que a queda de rendimento do São Paulo na temporada teve como fator crucial a quantidade de jogos disputados no país e afirmou que o clube não tinha elenco suficiente para disputar todas as competições em pé de igualdade e por fim, falou sobre a diferença de jogadores brasileiros e argentinos.
“Quando falamos da técnica individual, o brasileiro é o número 1. Nisso notamos uma grande diferença com respeito ao futebol argentino. É impensado, em qualquer momento você vê que não estão fazendo nada, mas do nada fazem uma jogada e fazem o gol. Por outro lado, há uma diferença na atitude comparada ao argentino e ao uruguaio. Nós às vezes pedíamos para pressionar, e disso os brasileiros não gostam muito. Não gostam de pressionar, de jogar no um contra um, nos duelos individuais. Isso é o que eles mais têm dificuldades”, apontou Nepote.
Justamente no dia em que completará um mês da saída de Crespo e a consequente chegada de Rogério Ceni, o São Paulo enfrentará o Flamengo, no próximo domingo (14), no estádio do Morumbi, às 16h. A partida é muito importante para o Tricolor, que busca se afastar da zona de rebaixamento, já que está apenas há cinco pontos de diferença do primeiro clube dentro da zona, o Juventude (38 contra 33, respectivamente).
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