Fifa prepara pacote de medidas em relação a atletas de Rússia e Ucrânia

Os jogadores estrangeiros que atuam na Ucrânia e na Rússia vivem agora um drama para seguir trabalhando na temporada. As dúvidas pairam na cabeça dos atletas e a FIFA  já planeja ações para resolver a situação. Representantes e as federações também traballham para que os jogadores fiquem o menor tempo parados.

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Segundo o Globoesporte.com o Shakhtar Donetsk adiantou um mês de salários para seus jogadores. Porém, não há como prever quando o futebol ucraniano retornará.

São 30 brasileiros na primeira divisão da Ucrânia, e 13 na elite russa. Vários desses jogadores e seus agentes articulam meios para que consigam uma transferência para outro clube.

Vários atletas possuem mercado na Europa, é o caso do lateral-direito Dodô, por exemplo, que recebeu propostas de Bayern de Munique e Tottenham ainda nesta temporada. O Shakhtar rejeitou ofertas de 25 milhões de euros, mas uma saída na próxima janela era vista como inevitável antes mesmo da guerra.

Existe o caso do meia Alan Patrick, que voltou ao Brasil antes do estouro da guerra, porque passou por cirurgia de uma hérnia. O jogador renovou recentemente contrato com o Shakhtar e só deve voltar a treinar no final do mês.

Fifa prepara janela especial

A solução mais viável para estes jogadores seria um empréstimo. Porém  seus agentes querem segurança jurídica para isso acontecer. No momento, o Brasil é um dos únicos países com janela de transferências internacionais aberta. Clubes brasileiros podem inscrever atletas que estavam atuando no exterior até o dia 12 de abril, na primeira rodada do Brasileirão.

Porém, segundo a mesma fonte citada, federações sugeriram à Fifa que um novo período de contratações seja aberto para que estes jogadores possam resolver suas situações. A entidade prepara um pacote de medidas para acudir os atletas.

Segundo especialistas da área, rescisões de contratos unilateralmente por parte dos jogadores seria algo bem improvável de acontecer.

Rússia deve seguir mesmo caminho

O futebol da Rússia não parou com a guerra, mas também sofre com os impactos do conflito. A seleção e os clubes do país foram excluídos de torneios da Fifa e da Uefa. Assim, nenhum time deve disputar a Champions League, Liga Europa ou Liga Conferência na próxima temporada. 

Não bastasse isso, as sanções econômicas impostas pela União Europeia à Rússia geram várias dificuldades aos estrangeiros do país. As barreiras para viajar são alguns dos inúmeros problemas enfrentados. Uma viagem da Rússia para Brasil só é possível, atualmente, com escalas no Oriente Médio. Os brasileiros temem uma piora que pode deixá-los isolados no país europeu. Seus representantes estão monitorando a situação, buscando se informar do que pode ser feito legalmente e tentando acalmar os seus atletas.

O zagueiro Pablo, ex-Corinthians e Bordeaux, conseguiu liberação do Lokomotiv Moscou, onde está há um ano. Ele deve desembarcar no Brasil nesta sexta (04). O Flamengo demonstra interesse nele e também no meia Claudinho, recém chegado no Zenit.

O atacante Yuri Alberto, que também chegou ao Zenit há apenas 2 meses e atravessa grande fase, com 4 jogos disputados e 3 gols marcados, também é um caso que chama a atenção; ele concedeu entrevista e falou sobre o atual momento da carreira, mas quando foi perguntado sobre os conflitos no continente europeu, Yuri se absteve de falar.

" Estou muito feliz com minhas primeiras atuações pelo Zenit. Sempre tive o sonho de jogar na Europa e ver isso se concretizando tem sido mágico para mim. O clube possui grandes atletas brasileiros e a presença deles aqui vem sendo fundamental na minha adaptação no país. Espero seguir neste mesmo ritmo e continuar contribuindo ao time no decorrer da temporada" , relatou Yuri.

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