Estudo revela tratamento desumano com treinadores do Brasil; entenda

Um grupo de pesquisadores realizou entrevistas com 26 profissionais das Séries A e B do Campeonato Brasileiro e avaliou a experiência desses treinadores com os clubes. A principal queixa desses trabalhadores é que os dirigentes responsáveis pelo comando do futebol das agremiações não sabem por que contratam o nome ou por que o demitem.

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De forma espantosa, a maioria dos clubes profissionais não possuem departamentos de recursos humanos destinados para o Futebol, ou seja, os dirigentes da pasta são quem definem os critérios para contratações ou demissões. E são os empresários que fazem essa ponte, e atualmente, na situação do mercado brasileiro, o financeiro pesa muito na decisão.

O estudo acadêmico é comandado pelo brasileiro Matheus Galdino, mestre científico em gestão esportiva e professor na Universidade de Bielefeld, na Alemanha. E constata que desde a adoção dos pontos corridos há 20 anos, houveram em média cerca de 30 técnicos por Brasileirão. O recorte é feito apenas durante a execução do torneio e não contempla os estaduais.

A entrevista realizada com 26 treinador com experiência significativa no Brasileirão foi realizada sob anônimato. Sobre o perfil, a média de idade é de 54 anos com uma média de 137 partidas no Brasileirão, e todos já trabalharam na maioria dos clubes da Série A e em outros sinais de qualidades, 69% tiveram experiências fora do Brasil, e 35% passaram pela seleção brasileira.

Torcida é o principal critério na avaliação

A principal crítica com relação ao duro trabalho feita pelos treinadores é sobre a pressão feita por jornalistas e torcedores, e que esses são os critérios usados pelos dirigentes para decidir sobre a permanência no trabalho, “As pessoas que atuam como dirigentes não têm a mínima capacidade de fazer uma avaliação sobre o trabalho de um treinador”, afirmou um entrevistado.

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