Série A

Por que o Atlético Mineiro acha normal a torcida ofender minorias no futebol

Por Jorge Dias

Galo foi multado pelo STJD

Galo foi multado pelo STJD

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O Atlético Mineiro recebeu uma péssima notícia na noite desta quarta-feira. O clube foi multado em 60 mil reais pelo STJD por cantos discriminatórios e arremessos de objetos. O clube também era julgado em uma ação que envolvia o atleta Júnior Alonso. Nesse caso, o jogador paraguaio foi apenas advertido. As ofensas teriam ocorrido na primeira partida das oitavas finais da Copa do Brasil, contra o Flamengo.

O clube recebeu uma punição de 50 mil reais pelas ofensas, mais 10 mil reais pelo arremesso de objetos no gramado. Em ambas as decisões, ainda cabe recurso. Procurado, o Atlético Mineiro ainda não se manifestou e provavelmente deverá se manifestar no decorrer do dia seguinte. A denúncia teve origem após recebimento de notícia de infração do Flamengo.

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Inicialmente, a relatora do caso, Dr. Adriane Silveira Hassen, defendeu uma multa em 65 mil reais, mais perda de mando de De campo pelos cantos homofóbicos, misóginos e machistas. Porém, no entendimento do plenário do STJD, a punição apenas por multa já era cabível, uma vez que o Atlético Mineiro havia sido eliminado pelo Flamengo.

No entanto, o que surpreendeu foi o posicionamento da defesa do Atlético Mineiro, liderada pelo advogado Theotonio chermont. O profissional minimizou os cantos homofóbicos da torcida do galo e defendeu que o clube, sob alegação de que a pena sugerida seria desproporcional. Segundo ele, o canto não foi para discriminar.

Galo tem histórico de punições por preconceito

A triste história recente do Galo no STJD é de que o clube já foi punido por inúmeras vezes por cantos preconceituosos emitidos pela torcida. Na visão do seu advogado, isso é um posicionamento do torcedor, que ainda não tem sensibilidade sobre discriminação. “O politicamente correto está chato demais. As palavras são muito mais por xingar do que para ser preconceituoso. O torcedor não tem essa sensibilidade para discriminar, xinga para provocar”, afirmou o advogado.


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