Série A

O que o Corinthians precisa fazer na próxima janela de transferências

Corinthians já se prepara para a próxima janela de transferência

Por Leandro Correira da Silva

O que o Corinthians precisa fazer na próxima janela de transferências (Foto: Corinthians)
O que o Corinthians precisa fazer na próxima janela de transferências (Foto: Corinthians)

O Corinthians conseguiu segurar seus principais jogadores na atual janela de transferências, que se encerra nesta sexta-feira (28 de fevereiro). Com isso, o clube manteve a base do elenco para o primeiro semestre de 2025, garantindo um time competitivo para os desafios da temporada.

Apesar da decisão de manter os atletas agora, o cenário deve mudar no meio do ano. O diretor financeiro do clube, Pedro Silveira, destacou que será necessário negociar jogadores para equilibrar o orçamento.

"Estamos muito atentos quanto a isso, a gente precisa fazer venda no meio do ano. Mas a janela que pega mais valor é a do meio do ano, não preciso apertar uma venda agora sendo que temos coisas importantes ainda para conquistar neste ano, estamos muito confiantes. Porém, eu preciso saber como trabalhar isso, se é agora ou no meio do ano. Orçamento, eu estou falando como pilar a venda de jogadores"

Planejamento financeiro e projeção de receitas

Além das vendas de jogadores, o Corinthians também conta com premiações para equilibrar as contas. O clube prevê avanço nas principais competições para aumentar suas receitas.

"Coloquei como pilar as premiações no orçamento, que eu vou chegar nas oitavas da Libertadores, nas quartas da Copa do Brasil, na semi do Paulista. Cada vez que eu avançar mais que isso, é mais dinheiro que entra e eu posso flexibilizar do outro lado. Então, um time mais forte tem chances de brigar por mais e trazer mais receitas. É bom deixar claro que isso é previsão financeira, é óbvio que dentro do clube queremos ganhar tudo, mas dentro do orçamento, precisamos colocar essa previsão de premiações"

Na última temporada, o Timão arrecadou cerca de R$ 330 milhões com vendas de atletas. Para 2025, a meta do clube é arrecadar R$ 180 milhões com negociações de jogadores.

"Esse valor, por fluxo de caixa, se fosse agora em janeiro ou fevereiro, obviamente, parte disso seria melhor. Se eu não fizer nenhuma venda agora em janeiro, na janela de meio do ano eu preciso fazer uma venda, preciso completar esse orçamento de R$ 180 milhões"

Diferente de outras temporadas, o Corinthians adotou uma postura mais cautelosa no mercado e negociou poucos jogadores nesta janela de transferências. Os atletas que deixaram o clube eram considerados pouco utilizados pelo técnico António Oliveira.

Os principais nomes que saíram foram:

  • Fagner
  • Pedro Henrique
  • Pedro Raul

O grande destaque, no entanto, foi a permanência do meia Rodrigo Garro. O Corinthians recusou uma oferta de quase R$ 150 milhões do Zenit, da Rússia, pelo jogador, mostrando que pretende manter sua força no elenco pelo menos até a próxima janela.

De acordo com Pedro Silveira, esse valor já chegava próximo da meta de vendas para o ano, mas a diretoria optou por segurar o atleta, acreditando que a permanência dele pode contribuir para conquistas esportivas que também tragam retorno financeiro.

Com a manutenção do elenco, o Corinthians segue focado nos desafios da temporada. O clube pode ter um calendário cheio, caso consiga avançar na pré-Libertadores e se classificar para a fase de grupos da competição sul-americana.

O próximo adversário do Timão no torneio será o Barcelona de Guayaquil, do Equador. Caso vença o confronto eliminatório, a equipe garante sua vaga na fase principal do torneio continental.

A próxima janela de transferências no Brasil será aberta no dia 10 de julho e fechará em 2 de setembro. Até lá, o Corinthians espera alcançar bons resultados para valorizar ainda mais seus jogadores e encontrar a melhor estratégia para atingir sua meta financeira sem comprometer o desempenho esportivo.

Com um elenco competitivo e um planejamento financeiro bem estruturado, o Timão busca equilíbrio entre conquistas dentro de campo e a necessidade de vendas no mercado da bola.

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