Por Eric Filardi

O primeiro duelo entre Vasco e Flamengo pela semifinal do Campeonato Carioca aconteceu em um contexto atípico: marcado para o sábado de Carnaval, o jogo registrou um público abaixo do esperado. Enquanto blocos carnavalescos arrastavam multidões pelas ruas do Rio de Janeiro, os torcedores que compareceram ao Nilton Santos não enfrentaram grandes dificuldades para chegar ao estádio. Alguns, inclusive, foram direto da folia, como um vascaíno que compareceu à partida vestindo a camisa do tradicional bloco Bola Preta, que desfilou no Centro pela manhã.
Além da concorrência com o Carnaval, o calor extremo também influenciou o cenário do jogo. Com os termômetros marcando 33°C cerca de uma hora e meia antes do apito inicial, torcedores buscaram qualquer refúgio do sol, aproveitando sombras de árvores e até mesmo a rampa de acesso à estação de trem para se protegerem do calor intenso. Ambulantes, que costumam lucrar em dias de jogos, relataram movimento abaixo do normal. Sergio dos Santos, que vende chope na Rua das Oficinas, e Rai Maciel, dono de uma barraca de pastel e caldo de cana, afirmaram que as vendas foram inferiores ao esperado para um clássico.
A partida começou quente dentro de campo, mas não necessariamente pelo futebol jogado. Logo no primeiro lance, uma falta dura de Lucas Piton em Wesley gerou discussões acaloradas entre os jogadores, estabelecendo o tom do primeiro tempo: muita disputa física e pouca criatividade. O Vasco, bem postado defensivamente, utilizou a estratégia de marcação forte para neutralizar o adversário e buscar oportunidades nos contra-ataques.
A melhor chance dos primeiros 45 minutos veio em um lance de insistência cruzmaltina. O jovem Rayan finalizou com perigo, e Léo Ortiz salvou o Flamengo tirando a bola em cima da linha. Enquanto isso, o Rubro-Negro encontrava dificuldades para impor seu jogo, muito pela marcação cerrada que limitou as ações de Arrascaeta e Wesley, principais válvulas de escape do time de Filipe Luís.
Na segunda etapa, o Flamengo voltou mais ajustado e conseguiu escapar da pressão vascaína. Com maior posse de bola e mais espaços, a equipe começou a criar chances mais claras, até que brilhou a estrela de Bruno Henrique. Em um lance de pura categoria, o camisa 27 dominou na entrada da área, ajeitou com o pé direito e bateu de esquerda, sem chances para o goleiro. O gol mudou o panorama do jogo, e o Flamengo passou a administrar a vantagem, valorizando a posse de bola nos minutos finais.
Bruno Henrique mais uma vez provou por que é chamado de "Rei dos Clássicos". Decisivo em partidas importantes, o atacante foi o responsável pelo único gol da partida, garantindo a vitória rubro-negra por 1 a 0. Com o resultado, o Flamengo tem a vantagem no confronto da volta e pode até perder por um gol de diferença no próximo sábado, no Maracanã, para se classificar para a final do Campeonato Carioca.


31/03/2025

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