O Santos voltou atrás na decisão de mandar o jogo contra o Água Santa, pelo Campeonato Paulista, no Allianz Parque. O motivo? A preocupação com a condição física de Neymar.
O departamento médico do clube contraindicou a utilização do gramado sintético do estádio palmeirense, considerando os riscos para o craque, que ainda se recupera de lesões e busca retomar o ritmo de jogo.
A decisão foi confirmada pelo presidente Marcelo Teixeira, que explicou os motivos da mudança de planos.
"Tivemos uma questão envolvendo a recuperação do Neymar. A tendência é que, no futuro, ele tenha mais rodagem para que possamos jogar em grama sintética. Mas, neste momento, comissão técnica, departamento médico e fisioterapia entenderam que era necessária precaução para não expor o jogador a uma grama diferente da natural"
O Santos pretendia mandar o jogo contra o Água Santa na capital paulista, visando aumentar a receita com bilheteria, aproveitando a enorme expectativa em torno do retorno de Neymar. Porém, o plano enfrentou obstáculos desde o início.
A primeira opção foi a Neo Química Arena, mas o Corinthians recusou ceder o estádio, alegando preocupação com a qualidade do gramado e citando a rejeição da própria torcida à ideia de alugar a casa alvinegra para um rival histórico.
Diante da negativa, o Allianz Parque surgiu como alternativa. O Santos chegou a fechar um acordo com o Palmeiras e até solicitou a mudança do mando à Federação Paulista de Futebol (FPF). No entanto, horas depois, recuou e decidiu manter a partida na Vila Belmiro, devido à recomendação da equipe médica.
"A grama do Allianz, assim como outras, é de boa utilização. Mas, quando já tínhamos organizado tudo com o Palmeiras e a Federação Paulista, veio esse parecer do departamento médico para que tivéssemos mais cautela. Nada definitivo, apenas uma precaução"
Outra possibilidade era o Pacaembu, que recentemente reabriu após reformas. No entanto, o estádio opera com alvará provisório e tem uma capacidade reduzida, próxima de 20 mil torcedores.
Como a Vila Belmiro comporta um público semelhante, a diretoria santista entendeu que não valeria a pena financeiramente jogar no Pacaembu.
Com isso, a partida contra o Água Santa segue marcada para domingo, na Vila Belmiro.
Além da tentativa de levar jogos para a capital paulista, a diretoria santista considerou atuar em outros estados, visando ampliar a visibilidade do clube e atender torcedores espalhados pelo país.
Segundo Marcelo Teixeira, propostas para partidas em Brasília, Cuiabá e Manaus foram analisadas.
"Tínhamos uma proposta muito boa para jogarmos em Brasília e Cuiabá, pelos nossos dois mandos restantes no Paulistão. Financeiramente, o acordo estava perfeito, já tínhamos acertado as condições com os organizadores. No entanto, a comissão técnica considerou que as longas viagens poderiam gerar um desgaste excessivo nos jogadores"
Mesmo sem a concretização desses planos no Campeonato Paulista, a ideia de levar partidas para fora de São Paulo segue nos planos da diretoria para outras competições.
"Seguimos abertos para a possibilidade de jogar em estádios de outras cidades na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro. São locais com boa estrutura e que podem nos ajudar a prestigiar nossa torcida espalhada pelo Brasil"
Apesar de toda a repercussão sobre o local do jogo e a preocupação do clube com sua condição física, Neymar tem se mostrado tranquilo com as decisões da diretoria e do departamento médico.
O jogador não demonstrou incômodo com a alteração do mando e segue focado no processo de recuperação para voltar a atuar em alto nível.
O Santos espera que, nas próximas semanas, Neymar consiga aumentar seu ritmo de jogo e, futuramente, atue sem restrições quanto ao tipo de gramado. Enquanto isso, o clube mantém os pés no chão e prioriza a preservação do camisa 10, visando seu melhor desempenho ao longo da temporada.
15/03/2025
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