O técnico Fernando Diniz segue no comando do Cruzeiro, mesmo após o empate por 1 a 1 com o Betim, pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro 2025.
Após mais de uma hora do término do jogo, uma reunião no Mineirão com membros da diretoria, incluindo o CEO Alexandre Mattos e o presidente e investidor da SAF, Pedro Lourenço, definiu sua permanência.
Contudo, o clima é de pressão, com resultados abaixo do esperado e a paciência da torcida cada vez mais curta.
Desde que assumiu o Cruzeiro, Fernando Diniz tem enfrentado críticas pelo baixo aproveitamento. Com apenas 35% de rendimento, o técnico acumula quatro vitórias, nove empates e sete derrotas.
Esse retrospecto tem gerado insatisfação entre os torcedores, que voltaram a protestar no Mineirão. Durante o empate contra o Betim, boa parte dos 33 mil presentes vaiaram Diniz e cantaram "adeus, Diniz" no segundo tempo.
O treinador reconheceu a legitimidade das cobranças.
"Tem que ganhar jogo, ganhar campeonato, essa é a única saída que a gente tem. O torcedor tá no direito de vaiar, tá no direito de estar impaciente, e é isso mesmo. A gente tem que procurar vencer. Tudo tem um limite, a gente precisa de vitórias"
No vestiário, a conversa entre Diniz e a diretoria foi marcada pela necessidade de uma reação imediata. Apesar de não detalhar o teor do encontro, o treinador destacou que a cobrança é natural diante dos resultados.
"A gente teve uma conversa particular, não vou entrar no teor da conversa. A reunião teve um conteúdo de cobrança sobre o time e sobre mim. É normal, porque os resultados são muito ruins. Precisamos de vitórias para o ambiente melhorar"
Apesar da pressão, ele ponderou que o desempenho da equipe não foi ruim em todas as partidas da temporada.
"Parece que os jogos contra São Paulo e Atlético-MG foram há meses, mas foi recente. Jogamos bem nessas partidas, bem contra o Tombense também. Jogamos mal na quarta-feira e no primeiro tempo de hoje. Mas o segundo tempo foi bom. Agora, não basta jogar bem, temos que vencer"
O empate com o Betim foi marcado por mais um episódio de protestos da torcida cruzeirense. Desde o final da primeira etapa, os torcedores demonstraram insatisfação com xingamentos e cantos pedindo a saída do técnico.
Essa não foi a primeira vez que Diniz enfrentou vaias em 2025, já que a torcida também protestou após o empate contra o Athletic.
Além dos resultados, a cobrança reflete a expectativa gerada com a manutenção de Diniz no cargo e os reforços contratados para a temporada. Até agora, o desempenho da equipe não correspondeu ao esperado.
Diniz admitiu que a pressão pelo cargo é crescente e que "tudo tem um limite". Ele ressaltou que a única solução para reverter a situação é vencer.
"A gente precisa de vitórias, é isso que vai mudar o ambiente. O torcedor está no direito de cobrar, e cabe a nós dar a resposta em campo"
O técnico também reconheceu que a equipe precisa apresentar um futebol coletivo mais consistente para alcançar os resultados.
Com a sequência no Campeonato Mineiro e outros compromissos da temporada, Fernando Diniz terá pouco tempo para buscar ajustes. A permanência no cargo parece depender diretamente de uma recuperação imediata, já que a pressão da torcida e da diretoria tende a aumentar em caso de novos tropeços.
Para o Cruzeiro, os próximos jogos representam uma oportunidade de reagir e reconquistar a confiança dos torcedores. No entanto, a margem de erro é mínima, e Diniz sabe que precisa entregar resultados rapidamente.
Enquanto isso, a torcida segue dividida, com muitos demonstrando ceticismo sobre a continuidade do trabalho do treinador. Resta saber se Diniz conseguirá transformar as críticas em combustível para reverter a situação e recolocar o Cruzeiro no caminho das vitórias.
09/02/2025
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