Série A

Ganhou a Copa do Mundo, foi amigo de Pelé, mas faliu e perdeu a vida pobre

Histórico atacante do Botafogo teve sérios problemas com o álcool

Por Romario Paz

Histórico atacante do Botafogo teve sérios problemas com o álcool
Histórico atacante do Botafogo teve sérios problemas com o álcool
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Uma das histórias mais tristes do futebol brasileiro é o resultado da vida de Mané Garrincha. O ‘anjo das pernas tortas’, foi um dos maiores dribladores que o esporte conheceu, mas mesmo com a fama mundial, e a incrível habilidade de improvisar no campo, enfrentou grandes ‘demônios’ em sua vida pessoal que o afetaram como jogador. 

A trajetória de Garrincha foi peculiar. Com uma deficiência que fazia sua perna direita ser seis centímetros maior do que a esquerda, o atacante foi rejeitado nas peneiras do Flamengo e do Vasco da Gama. Apenas no extinto clube Serrano, em 1953, e por uma temporada que Garrincha conseguiu chamar a atenção do Botafogo e se profissionalizar no alvinegro carioca. 

Garrincha foi bicampeão mundial com a Seleção Brasileira em 1958 e 1962, sendo a Copa do Mundo do Chile a sua grande apoteose na carreira. O jogador foi essencial para a campanha tupiniquim e substituiu à altura Rei Pelé, que havia se lesionado ainda na fase de grupos da competição. Garrincha terminaria aquele ano imortalizado na memória dos brasileiros. 

Porém, em 1963, Garrincha iniciou sua cruzada contra seus problemas pessoais. Uma lesão grave mal tratada no joelho e os problemas com o alcoolismo deterioraram rapidamente a sua condição de atleta. O jogador passou por Corinthians, Flamengo e Vasco, mas sem nenhum protagonismo, e atuou até mesmo no Junior Barranquilla, da Colômbia, mas retornou ao Brasil, já com problemas financeiros.

Fim da vida

O casamento com a cantora Elza Soares não salvou Garrincha de seu problema com o alcoolismo, com o acúmulo de dívidas e sem qualquer condição de seguir atuando, Garrincha enfrentou seus problemas pessoais até 1983, quando faleceu aos 43 anos vítima de uma cirrose no fígado, causado pelo excesso de bebida. Anos depois, o ex-jogador foi homenageado póstumamente em Brasília, dando nome ao principal estádio da capital federal, o Mané Garrincha.


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