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Se mercado da bola está acontecendo, a atitude do Flamengo sobre as famílias do incêndio no Ninho do Urubu

Após cinco anos de disputas, o Flamengo encerra o último impasse judicial com a família de Christian Esmério.

Por Eric Filardi

Foto: Divulgação
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O Flamengo encerrou, nesta terça-feira (04), o último impasse judicial com as famílias das vítimas do trágico incêndio no Ninho do Urubu, ocorrido em fevereiro de 2019. O acordo foi firmado com os parentes de Christian Esmério, encerrando anos de disputas legais.

Postura da atual diretoria do Flamengo

A resolução do caso foi possível graças à postura empática adotada pela atual gestão do Clube de Regatas do Flamengo. Os pais de Christian Esmério destacaram em nota que o clube, agora comandado por Luiz Eduardo Baptista, mostrou maior sensibilidade ao lidar com a tragédia.

Em comunicado oficial, o Flamengo afirmou que “não há dinheiro no mundo que possa aplacar a dor pela perda de um filho”, mas considerou que manter o litígio poderia causar ainda mais sofrimento.

Incêndio no Ninho do Urubu: relembrando as vítimas

O incêndio no Ninho do Urubu resultou na morte de dez jovens atletas e deixou marcas profundas na história do clube. As vítimas, com idades entre 14 e 16 anos, sonhavam em brilhar pelo time profissional do Flamengo.

Entre os nomes que jamais serão esquecidos:

  • Christian Esmério, goleiro de 15 anos, considerado um talento promissor.
  • Athila Paixão, de 14 anos, conhecido por sua determinação.
  • Rykelmo de Souza Vianna, de 16 anos, líder nato entre os colegas.

O caso gerou comoção nacional e colocou em evidência a precariedade de alguns alojamentos em categorias de base no futebol brasileiro.

O papel das famílias

A família de Christian Esmério foi a única que, até então, não havia aceitado os termos oferecidos pela diretoria anterior, comandada por Rodolfo Landim. Eles optaram por buscar justiça, recusando um acordo inicial.

Com a nova gestão, o entendimento foi possível, e ambas as partes decidiram manter os valores em sigilo. Segundo informações divulgadas pelo UOL, o Flamengo havia sido condenado em 2024 a pagar quase R$ 3 milhões por danos morais, valor inferior aos R$ 5,2 milhões inicialmente pleiteados.

Incêndio no Ninho do Urubu: impactos e aprendizados

O trágico episódio expôs a necessidade de mudanças estruturais no futebol brasileiro, especialmente no que diz respeito à segurança e ao bem-estar de atletas em formação. Desde então, o Flamengo e outros clubes vêm sendo pressionados a revisar protocolos e investir em melhores condições.

Além disso, a postura da atual diretoria reforça a importância de um diálogo mais humano com as famílias afetadas. Reconhecer o sofrimento e buscar reparação não apaga o passado, mas é um passo importante para a construção de um futuro mais responsável.

A memória das vítimas nunca será apagada

Mesmo com o encerramento das disputas judiciais, a tragédia no Ninho do Urubu jamais será esquecida. As lembranças dos jovens atletas permanecem vivas nos corações de suas famílias, colegas e torcedores do Flamengo.

A nova postura do clube, agora focada em empatia e reparação, é um alívio tardio, mas necessário. Esse caso deve servir como exemplo para que nenhuma outra família tenha que enfrentar tamanha dor novamente.


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