Por Romario Paz
Embalado pela vitória sobre a Inglaterra por 1 a 0, com gol de Endrick, no último sábado (24), o Brasil volta a campo nesta terça-feira diante de outro forte rival europeu, a Espanha. Às 17h30 (de Brasília), as seleções se enfrentam em amistoso no lendário estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid.
Dessa forma, quinto colocado do ranking da Fifa, o Brasil tenta consolidar a sua recuperação na segunda partida sob o comando de Dorival Júnior. Antes de bater a Inglaterra, a Seleção havia sofrido três derrotas consecutivas. Inclusive, o último confronto entre as seleções (profissionais, sem considerar categorias inferiores ou Jogos Olímpicos), foi na final da Copa das Confederações em 2013, quando o Brasil venceu por 3 a 0.
Na véspera do amistoso, Dorival disse ter treinado duas formações diferentes, mas afirmou que a decisão sobre os 11 que iniciarão a partida será tomada somente horas antes do jogo. Porém, segundo o GE, o Brasil irá a campo com o mesmo time que atuou e venceu a Inglaterra em Wembley.
Com isso, a principal arma do técnico brasuca será o atacante Vinicius Júnior, destaque do Real Madrid e que será o grande personagem desta partida, pelos incidentes lamentáveis raciais envolvendo alguns torcedores espanhóis contra o brasileiro recentemente.
Sem dúvidas alguma, o camisa 7 merengue terá os holofotes voltados para ele no amistoso entre Espanha x Brasil. Justamente por isso, foi Vini quem deu coletiva nesta última segunda (25), no CT do Real. Sendo assim, o craque da Seleção Brasileira fez forte desabafo sobre o racismo que vem enfrentando no território espanhol, caindo em lágrimas e emocionando a todos.
– Quero agradecer desde já a todos os jogadores da Espanha que sempre que dão entrevista estão me apoiando, fazendo tudo para que a Espanha mude seu pensamento. Não só a Espanha, em todo lugar tem muito racismo. Espero que a gente possa fazer tudo para diminuir cada vez mais o racismo. Os jogadores da Espanha estão me ajudando muito, falando coisas que no início só eu falava. Sempre peço que Fifa, Conmebol, Uefa possam fazer mais coisas, como a CBF está fazendo, vem me ajudando para que possamos evoluir como seres humanos, para que todos possam estudar para ver o que os pretos passam e passaram. O que eu passo não é nem perto do que todas essas pessoas passaram. Eu quero lutar por aqueles que são pretos - desabafou.
– Acredito que eles têm que falar menos de tudo o que eu faço de errado dentro de campo, é claro que tenho que evoluir, mas tenho 23 anos, é um processo natural, saí muito novo do Brasil, não pude aprender tantas coisas. Tenho 23 anos e sigo estudando. Por que os repórteres da Espanha, que são mais velhos do que eu, não podem estudar e ver o que realmente está acontecendo? Cada vez estou mais triste, cada vez tenho menos vontade de jogar, mas vou seguir lutando - completou.
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