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Depois de Dudu, Cruzeiro mira em outro craque do Palmeiras e deixa Abel sem palavras

Celeste avança por zagueiro, e Abel Ferreira abre o jogo sobre gramados no Brasil

Por Eric Filardi

Dudu em destaque pelo Cruzeiro
Dudu em destaque pelo Cruzeiro

O Palmeiras pode perder mais um jogador nesta janela de transferências. O zagueiro Michel Naves, um dos mais valorizados pelos torcedores, desperta o interesse do Cruzeiro, que já estaria avançando nas negociações.

Durante uma entrevista coletiva, o técnico Abel Ferreira indicou que a saída do defensor pode realmente acontecer. O treinador mencionou que o jogador busca mais oportunidades, algo que dificilmente encontrará no elenco alviverde nesta temporada.

Foto: Reprodução

Abel Ferreira deixa escapar possível saída de Naves

Ao comentar a situação do elenco, Abel Ferreira revelou que a venda de Vitor Reis abriu espaço para novas movimentações e reconheceu que Naves pode sair para ganhar mais minutos em campo.

"Quando acabou o ano, tínhamos uma perspectiva para a nossa zaga. Não estava nos planos a venda do Vitor Reis. Teve um cenário para um jogador como o Naves, que está conosco há dois anos e não joga de forma regular."

O treinador reforçou que sua função é ajudar os atletas a evoluírem e que permanecer no banco por muito tempo pode ser prejudicial para o desenvolvimento de jogadores jovens. Ele citou exemplos como Kuscevic e Empereur, que deixaram o clube pelo mesmo motivo.

"Eu já tinha tido conversas com o Naves, e ele tinha manifestado esse interesse de querer jogar mais. Faz todo o sentido... E se calhar, nós contratarmos outros jogadores para virem, com outro espírito, e competir por uma vaga no onze com o Gómez e Murilo."

Foto: Reprodução

Abel Ferreira critica gramados no Brasil e defende sintéticos

Além da possível saída de Naves, Abel Ferreira também voltou a falar sobre um tema polêmico: a qualidade dos gramados no Brasil. O treinador português manifestou sua preferência pelo gramado natural, mas ressaltou que prefere um sintético bem cuidado a um campo irregular, como ocorre em vários estádios do país.

"É como ter uma Ferrari e andar em uma pista toda esburacada. Eu entendo o Neymar. No Mundial, a qualidade do gramado natural era melhor que o melhor carpete que tenho em casa. Mas se a Uefa fiscalizar os gramados do Brasil, passava um, se calhar dois."

A discussão sobre o tema ganhou força após jogadores como Neymar, Thiago Silva, Dudu e Gabigol se posicionarem contra os gramados sintéticos, defendendo que "o futebol é natural, não sintético".

Clubes da Série A e a realidade dos gramados artificiais

Atualmente, três clubes da Série A utilizam gramados sintéticos: Palmeiras, Botafogo e Athletico-PR. O Atlético-MG já está instalando a nova superfície, e o Santos planeja adotar a tecnologia na Vila Belmiro.

Abel Ferreira questionou algumas decisões, como a do Atlético-MG, que inaugurou um estádio com gramado natural, mas logo optou pela mudança para o sintético.

"Por que o Atlético-MG fez uma arena nova, colocou um gramado novo e depois vai mudar para o sintético?"

Apesar das críticas sobre o risco de lesões, o treinador descarta que o gramado artificial seja mais prejudicial do que um campo de baixa qualidade.

"Não está escrito cientificamente que um gramado sintético provoca mais lesões que um gramado ruim. O que acontece no sintético, por experiência, é que em termos de articulação sofrem mais, mas é uniforme, não tem buracos. Falam de vantagem... Quando o Palmeiras ganhou um dos campeonatos, foi o melhor visitante. Esqueçam isso."

Maracanã e Castelão são alvos de críticas

Abel Ferreira também criticou as condições de gramados de estádios icônicos, como o Maracanã e o Castelão, citando que os campos estão frequentemente em estado ruim.

"Sabe quantas vezes joguei no Maracanã? Quatro a cinco. Sabe quantas vezes o gramado estava médio? Zero. Eu preferia ir lá jogar e ter um gramado sintético. Quando vamos ao Castelão, peço aos meus jogadores para não torcerem os pés."

O treinador destacou que a falta de fiscalização e a extensão do calendário nacional dificultam a manutenção adequada dos gramados naturais. Ele já havia abordado o tema em seu livro, onde sugeriu a implementação de um controle rigoroso sobre a qualidade e manutenção dos campos. Apesar de suas sugestões, Abel se mostra cético sobre a possibilidade de mudanças no curto prazo.

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