Por Eric Filardi
A recente onda de racismo envolvendo a torcida do Cerro Porteño contra jogadores do Palmeiras na Libertadores Sub-20 gerou uma enorme repercussão. A presidente do Verdão, Leila Pereira, se mostrou incansável em buscar justiça após o episódio que marcou negativamente a competição. Em uma entrevista enérgica na última sexta-feira (7), Leila pressionou a Conmebol por medidas contra o clube paraguaio, ameaçando levar o caso à FIFA se não obtivesse uma resposta.
Este episódio de racismo teve como vítimas os jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, que foram alvos de ataques preconceituosos por parte da torcida adversária. O Palmeiras reagiu rapidamente, acionando seus advogados e solicitando a exclusão do Cerro Porteño da competição, além de pedir punições rigorosas aos responsáveis.
Após uma intensa cobrança de Leila Pereira e da CBF, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, finalmente se posicionou sobre o assunto. Em contato direto com Leila, ele se comprometeu a aplicar uma punição severa ao Cerro Porteño. Segundo informações de Gustavo Zupak, da ESPN, e André Hernan, do UOL, Domínguez afirmou que tomaria as devidas providências, após o apelo público da presidente do Palmeiras.
Leila Pereira, em sua entrevista, demonstrou estar mais tranquila após o compromisso de Domínguez, mas não deixou de criticar a falta de ação imediata da Conmebol. Ela reforçou que estava pronta para se reunir com o dirigente antes do sorteio dos grupos da Libertadores.
Apesar do ocorrido, o Palmeiras deixou claro que não abandonará a disputa da Libertadores Sub-20. A decisão foi reforçada pela CBF, que emitiu um comunicado oficial, expressando solidariedade ao clube paulista e aos jogadores vítimas do racismo. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, solicitou que o Cerro Porteño fosse excluído da competição.
Leila Pereira, por sua vez, deixou claro que se retirar do torneio significaria punir ainda mais a vítima, no caso, o próprio Palmeiras. A dirigente não poupa esforços em sua luta contra o racismo no futebol e, ao mesmo tempo, demonstra a força da presidência do Palmeiras ao enfrentar esses tipos de episódios dentro do esporte.
Até o momento, o Cerro Porteño se posicionou apenas de forma oficial por meio de uma nota em suas redes sociais, mas não tomou atitudes mais contundentes contra os responsáveis pelo ato de racismo. O silêncio do clube paraguaio, aliado à pressão internacional, coloca ainda mais em evidência a necessidade de ações mais enérgicas contra a discriminação racial no futebol sul-americano.
Em resumo, o episódio envolvendo o Cerro Porteño e o Palmeiras colocou a Conmebol em xeque, com a pressão de Leila Pereira surtindo efeito. A promessa de Domínguez de punir severamente os responsáveis pela atitude discriminatória deve ser acompanhada de perto pelos amantes do futebol, na esperança de que este seja um passo importante na luta contra o racismo no esporte.
31/03/2025
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