Série A

Se Flamengo prioriza Copa do Brasil, premiação justifica estratégia rubro-negra

Copa do Brasil: prêmios milionários que transformam a realidade dos clubes brasileiros.

Por Eric Filardi

Foto: Flamengo/Divulgação
Foto: Flamengo/Divulgação
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A Copa do Brasil se consolidou como a competição mais lucrativa do futebol brasileiro. Em 2025, o prêmio para o campeão ultrapassará R$ 100 milhões, marcando mais um capítulo na evolução dos valores distribuídos pela CBF.

Aumentos constantes na premiação da Copa do Brasil

A CBF tem ajustado os valores da competição ano após ano, com reajustes médios de 5% desde 2018. O crescimento começou em 2013, quando os clubes participantes da Libertadores passaram a integrar o torneio.

A explosão, no entanto, ocorreu com o contrato de direitos de transmissão firmado entre CBF e Globo, em 2018. Esse acordo não só injetou dinheiro no campeonato, mas também permitiu que o torneio competisse em relevância com a Libertadores, fazendo com que clubes priorizassem o formato mata-mata.

Os prêmios são distribuídos de forma meritocrática:

  • Clubes recebem valores por cada fase que avançam.
  • Até clubes de divisões inferiores têm garantias financeiras.
  • Equipes do Grupo 3 podem ganhar R$ 1 milhão apenas na segunda fase.

Essa fórmula não só atrai clubes para o campeonato, mas também movimenta torcidas e gera altos índices de audiência.

Flamengo, São Paulo e a era dos superprêmios

O Flamengo tem sido um dos maiores beneficiados pela valorização da Copa do Brasil. Em 2024, ao vencer o Atlético Mineiro, o clube arrecadou R$ 93 milhões. Esse valor representou um aumento de R$ 17 milhões em relação ao título de 2022, quando derrotou o Corinthians.

Outros destaques recentes incluem:

  • 2023: São Paulo faturou R$ 88,7 milhões com o título inédito.
  • 2021: Atlético-MG recebeu R$ 71,15 milhões.
  • 2020: Palmeiras levou R$ 66,9 milhões.

A tendência é de continuidade nos aumentos, já que o atual contrato com a Globo será renovado em 2026 com uma alta de 50%.

A maior premiação da América do Sul

A Copa do Brasil é disparada a competição mais lucrativa do continente. Em 2024, o Flamengo recebeu 32 vezes mais que o Estudiantes, campeão da Copa da Liga Argentina, que faturou cerca de R$ 2,9 milhões.

Em comparação, a distribuição de prêmios na América do Sul é bem inferior:

  • Liga Mexicana: R$ 23 milhões.
  • Liga Boliviana: R$ 23 milhões.
  • Liga Uruguaia: R$ 5,7 milhões.
  • Liga Chilena: R$ 3,4 milhões.
  • Liga Argentina: R$ 2,8 milhões.

A desproporção evidencia a força econômica da competição brasileira.

Como a premiação impacta os clubes brasileiros

A alta premiação da Copa do Brasil permite que clubes priorizem o torneio, utilizando times alternativos em competições paralelas, como o Brasileirão.

Exemplos recentes incluem:

  • Em 2024, o Flamengo, sob o comando de Tite, usou times mistos no Brasileirão para ter força máxima no mata-mata.
  • Em 2023, o São Paulo apostou suas fichas na Copa do Brasil, conquistando o título e garantindo estabilidade financeira.

Essa dinâmica deve continuar nos próximos anos, consolidando o torneio como um dos principais pilares do futebol brasileiro.

A Copa do Brasil se tornou uma mina de ouro para clubes brasileiros, com prêmios que crescem anualmente e superam qualquer outra competição do continente. A combinação de direitos de transmissão, meritocracia e audiência recorde fortalece o campeonato como o mais valioso da América do Sul.


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