Série A

Ronaldo revolucionou o futebol no Brasil ao comprar o Cruzeiro e agora quer ser uma potência

A compra do Cruzeiro pelo ‘Fenômeno’ abre um novo cenário no Brasil com as Sociedades Anônimas

Por Romario Paz

A compra do Cruzeiro pelo ‘Fenômeno’ abre um novo cenário no Brasil com as Sociedades Anônimas
A compra do Cruzeiro pelo ‘Fenômeno’ abre um novo cenário no Brasil com as Sociedades Anônimas

Ronaldo virou o futebol brasileiro de cabeça para baixo com o anúncio inesperado de que está comprando o Cruzeiro, um dos jogadores históricos agora rebaixado à Série B pelo terceiro ano consecutivo, onde tentou não se afogar em suas próprias dívidas e incompetência.

A irrupção do Fenômeno, que contra-programou o Trigêmeo de At. Mineiro, grande rival da cidade, é interpretado como o início de uma nova etapa para os clubes do país. Seu significado é semelhante ao de Pelé quando, em 1998, como ministro do Esporte no governo Fernando Henrique Cardoso, aprovou a lei que extinguiu os direitos de retenção dos jogadores.

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Com o apoio de uma das principais entidades financeiras do país, Ronaldo saltou ao ringue para ser o pioneiro na implementação da nova lei, aprovada em agosto, que permite a criação da Sociedade Limitada de Futebol (SAF).

“O futebol brasileiro precisa dessa revolução na área de gestão, precisa dessa mudança radical para voltar a crescer e ser competitivo internamente e nas competições internacionais”, diz o Fenômeno, ciente de que está liderando uma transformação sem precedentes, que abre as portas para investidores (nacionais ou estrangeiros), num cenário semelhante ao de várias ligas europeias.

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IMPACTO EM TODO O FUTEBOL BRASILEIRO

A coisa do Cruzeiro tem impacto no ecossistema local, que não tem nada a ver com a aquisição do Real Valladolid por Ronaldo. Em primeiro lugar, pela dimensão que o R9 tem no seu país e, em segundo lugar, porque é uma das grandes equipas que sempre foi protagonista: foi bicampeã continental, e, na última década, duas vezes venceu consecutivamente no Brasileirao (2013 e 2014) e na Copa do Brasil (2017 e 2018).

O fato de Ronaldo ter decidido resgatar o Cruzeiro também tem um alto poder simbólico. Existe uma narrativa. Seu desempenho nada tem a ver com a aleatoriedade de um dono que chega de pára-quedas. Foi, na Celeste de Belo Horizonte, que o Fenômeno se profissionalizou, que, aliás, encena mais um dos grandes dramas do futebol brasileiro, que é o desperdício de talentos. Ronaldo, natural do Rio de Janeiro, nunca foi contratado pelos quatro grandes cariocas (Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo e Fluminense) e teve que ser 'descoberto' em outro estado a 450 km. de sua cidade natal.

“Quero retribuir ao Cruzeiro tudo o que ele fez por mim no início da minha carreira”, diz o novo dono, que, entre 1993 e 1994, se maravilhou, marcando 56 gols em 58 jogos, que lhe valeram, aos 17, ser convocado para o Mundial dos Estados Unidos (embora Carlos Alberto Parreira não o alinhou por um minuto) e, mais tarde, iniciar a carreira na Europa no PSV Eindhoven, de onde iria para o Barcelona.

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