Por Tomas Porto
A contratação de Neymar pelo Al Hilal, da Arábia Saudita, mal completou uma semana desde sua oficialização, e o jogador já se encontra envolvido em uma polêmica de proporções consideráveis. Evidenciando sua entrada discreta, Neymar optou por viajar em um Boeing 747 desde a capital francesa.
No entanto, essa escolha deixou uma pegada ambiental alarmante, emitindo cerca de 230 mil kg de CO₂, o que corresponde a 32 vezes a emissão média de uma pessoa ao longo de um ano. A viagem de quase seis horas não apenas gerou um custo ambiental significativo, mas também resultou em um gasto financeiro de 23 mil euros por hora. Surpreendentemente, o elevado preço parece não ter incomodado o craque brasileiro.
O avião utilizado na viagem pertence ao príncipe Al Waleed bin Talal Al Saud. A relação entre Neymar e o príncipe se conecta ao fato de que o Al-Hilal é um dos quatro clubes de futebol da Arábia Saudita nos quais o fundo soberano de investimentos do país, o PIF, detém participação majoritária. Além disso, o príncipe é proprietário de 16% da Kingdom Holding, a empresa de investimentos mencionada anteriormente. A interseção de interesses entre Neymar e o príncipe revela um intricado cenário de relações empresariais e esportivas que, por vezes, podem entrar em conflito com preocupações ambientais.
Entretanto, a questão ambiental não é nova para Neymar. Antes mesmo de sua mudança para a Arábia Saudita, o jogador já havia sido punido no Brasil por violações aos direitos ambientais. Um caso notável é a construção de um lago artificial e uma praia privada em sua residência no Rio de Janeiro. Esses incidentes destacam sua tendência a ignorar ou negligenciar considerações ambientais em prol de seus desejos pessoais.
Em conclusão, a chegada de Neymar ao Al Hilal trouxe consigo uma série de polêmicas, com destaque para a pegada ambiental alarmante gerada por sua viagem em um Boeing 747 vazio. Seu envolvimento com o príncipe Al Waleed bin Talal Al Saud, proprietário do avião utilizado e acionista majoritário do clube, revela uma complexa teia de interesses. Além disso, suas infrações ambientais passadas no Brasil apenas agravam sua imagem pública nesse contexto. O caso serve como lembrete dos desafios que atletas famosos enfrentam em equilibrar seus interesses pessoais, empresariais e ambientais em um mundo cada vez mais consciente das questões ligadas ao meio ambiente.
02/10/2024
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