Por Jorge Dias
O Corinthians selou um novo acordo com a Caixa Econômica Federal sobre os pagamentos restantes da dívida que o clube tem sobre o financiamento da arena esportiva. Porém, as garantias usadas pelo Timão podem prejudicar o desempenho financeiro e esportivo da equipe pelos próximos 20 anos. A informação foi dada pela presidente da instituição Daniella Marques e confirmada por Wesley Melo, diretor financeiro do clube.
“Eu só posso responder o que ela já tornou público, porque há cláusulas de confidencialidade no contrato assinado por nós, então não podemos abrir detalhes. Mas as garantias passam por direitos de TV, também por receitas de vendas de jogadores, mas isso em último caso, caso o Corinthians não consiga compor o saldo para fazer os pagamentos dos juros e do principal”, afirmou Wesley.
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Na visão da nova presidente da Caixa Econômica Federal, o contrato inicial de financiamento da Arena esportiva foi uma “operação de crédito muito malsucedida” e que prejudicou tanto o banco quanto o clube, pois previa parcelas impraticáveis e muito além do que as estimativas poderiam prever. Além do mais ela confirmou as garantias dadas pelo Corinthians.
“Vai sair uma operação de reestruturação, se não me engano foi comunicada hoje (terça), para que a gente reforce as garantias. E aí, trazendo garantias envolvendo a bilheteria do estádio, a venda de direitos de transmissão dos jogos, a cessão de alguns jogadores, para que a gente reforce as garantias e recupere esses recursos”, declarou Daniella Marques.
Na avaliação da presidente da Caixa, Daniella Marques, o acordo inicial foi recuperado pelo novo pacto entre as instituições, “uma solução bem-vinda para os esforços que foram feitos pelo clube na construção e pagamento de sua Arena”. Na época da construção do estádio, o Corinthians contraiu um empréstimo de R$ 400 milhões que reajustado para 2022 chega a R$ 611 milhões, o clube começará a pagar apenas em 2025.
13/10/2024
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